A viagem mais longa do actual pontificado, iniciada a 2 de Setembro, incluiu 44 horas e mais de 32 mil quilómetros de voo, entre Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura, onde encerra esta sexta-feira, 13 de Setembro, a 45ª visita apostólica do Papa Francisco.

Quem teve oportunidade de acompanhar um pouco este momento histórico deu conta da forma hospitaleira e cordial com o Papa foi acolhido em todos os lugares, mesmo onde os católicos são em menos número. Pelo meio ficaram apelos ao entendimento e harmonia entre religiões e tribos, bem como ao esforço na construção da paz.

Em Timor Leste o Papa presidiu à Missa na esplanada de Taci Tolu, com a participação de mais de meio milhão de pessoas, que convidou a cuidar das crianças e a construir o futuro de um “país jovem”.

No final da Missa e de forma improvisada referiu que “um povo que ensina os seus filhos a sorrir é um povo com futuro”, acrescentando que “o melhor de Timor é o seu povo”.

“Timor-Leste é bonito porque tem muitas crianças: sois um país jovem onde por todo o lado se sente a vida a pulsar, a desabrochar. E isso é um grande dom: a presença de tantos jovens e crianças renova constantemente a frescura, a energia, a alegria e o entusiasmo do vosso povo”, disse o Papa.

Timor-Leste, com mais de 95% de católicos na sua população, é um dos únicos países asiáticos onde a Igreja Católica é maioritária, juntamente com as Filipinas. A Igreja de Timor tem três diocese: Díli, Baucau e Maliana.

D. Virgílio do Carmo da Silva, primeiro cardeal timorense, lembrou que Timor Leste passou por um processo de autodeterminação, e que vive hoje um momento decisivo no processo de construção do país, da identidade e da cultura.

Este responsável quis manifestar ao Papa o “profundo sentido de gratidão” da população pela visita, a primeira desde a independência timorense.