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Este é o maior problema da seleção polaca. Uma solução surpreendente

  • A seleção polonesa empatou em 3 a 3 com a Croácia na Liga das Nações após erros dos zagueiros, principalmente Paweł Dawidowicz
  • – Ele tem problemas de coordenação e está constantemente lesionado. Prefiro contratar um jovem defensor em vez de Dawidowicz – diz-nos Marek Jóźwiak
  • Ele também não está entusiasmado com Jakub Kiwior. – Ele não tem caráter. Ele deveria trabalhar com um treinador mental – diz sobre o jogador do Arsenal
  • O problema é que não há muita escolha nesta posição. Os defensores que Touchstone poderia contratar estão praticamente ausentes dos clubes
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Paweł Dawidowicz deu assistência de facto ao golo dos croatas, Jan Bednarek e Jakub Kiwior, que não joga muito no Arsenal, também não os incomodou muito. Com isso, nossa seleção empatou apenas em 3 a 3 com a Croácia pela Liga das Nações e tem poucas chances de avançar às quartas de final desta competição. Em vez disso, deve lutar para permanecer na divisão A.

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Esta é a nona partida consecutiva em que a equipe sofre pelo menos um gol. O ex-zagueiro da seleção nacional Marek Jóźwiak sugere, portanto, mudar a formação e se afastar da variante com três zagueiros centrais preferidos pelo técnico Michał Probierz.

– O ponto fraco desta equipe é a defesa. Não estou falando dos zagueiros, mas de toda a equipe. Na minha opinião, deveríamos jogar com dois centrais, porque esses zagueiros não podem jogar – afirma diretamente um especialista da TV, inclusive: Canal+.

Isso explica porque é que Paweł Dawidowicz passou a bola para os croatas, o que custou à nossa equipa o terceiro golo. – Dawidowicz cometeu esse erro porque não é assim que o jogo é jogado. Bednarek, em vez de passar para frente, toca para Dawidowicz, ele corre, sai do setor do campo, Moder entra lá, os dois se amontoam – explica.

– Temos três zagueiros centrais, e o Moder desce para jogar, o Dawidowicz vai para a ala, mas de que adianta se ele não consegue receber a bola e quando perde não está na defesa – pergunta retoricamente Jóźwiak.

Ele acha que isso não estaria presente em sua variante do jogo. – Kamiński ou Frankowski jogavam na lateral e iam para o centro – explica.

Marek Jóźwiak: Kiwior carece de caráter

– As melhores equipas – alemães, franceses, espanhóis, ingleses, brasileiros, argentinos defendem com quatro, Portugal também jogou assim contra nós. Defendemos com mais zagueiros, temos que ter vantagem numérica, e mesmo assim nossos rivais atacaram pelo meio – explica. – Lembro que nos melhores momentos da equipe comandada pelo técnico Nawałka também jogamos com quatro na defesa – acrescenta.

Ele critica os defensores do time, mas não quer desconsiderar nenhum deles. Até Dawidowicz, embora não seja seu fã. – Ele tem problemas de coordenação e está constantemente lesionado. Prefiro um jovem defensor do que Dawidowicz, que às vezes joga bem, às vezes mal, às vezes de forma trágica. Porém, ele teria um desempenho melhor nas últimas quatro – ele ressalta que uma mudança de posicionamento também o ajudaria.

Ele também não tem a melhor opinião sobre Jakub Kiwior. – Ele não tem caráter. Ele deveria trabalhar com um treinador mental. Dá para perceber em campo que falta agressividade e energia, ele faz tudo com calma. É difícil mudar isso, diz Jóźwiak.

Jakub Kiwior na partida da seleção polonesa contra a Croácia pela Liga das Nações (Foto: Marcin Karczewski / newspix.pl)

O defesa do Arsenal foi insubstituível durante mais de dois anos na equipa de sucessivos treinadores, mas nesta temporada joga pouco pelo clube e a sua posição na equipa é inferior. No jogo contra Portugal (1:3) começou no banco, mas a lesão de Sebastian Walukiewicz fez com que regressasse ao onze inicial.

Há pouca escolha entre os defensores

O problema é que não está claro quem poderá substituir os jogadores mencionados. Kamil Piątkowski fez uma boa mudança na partida contra a Croácia, mas tem seus problemas no clube e não há certeza se jogará em Salzburgo. Sebastian Walukiewicz teve que sair devido a lesão.

Anteriormente, devido a uma lesão, Mateusz Skrzypczak, do Jagiellonia, que teve a oportunidade de se estrear na seleção nacional, não chegou ao estágio. – Ele não vai resolver o problema, não representa o nível internacional – diz Jóźwiak.

Touchstone também convocou vários outros defesas-centrais, mas ou não estão a jogar ou as suas equipas têm um desempenho fraco. Bartosz Salamon até jogou na Euro, mas desde então só apareceu em campo uma vez, no Lech Poznań. Mateusz Wieteska, do Cagliari, não joga há dois meses. Ele jogou uma partida na Série A. Embora Paweł Bochniewicz jogue regularmente em Hereenveen, a sua equipa está na 15ª posição do campeonato holandês e sofreu até 17 golos em oito jogos. Por sua vez, o jovem Patryk Peda nesta temporada, após se transferir para o Palermo na Série B, atuou em campo apenas uma vez como reserva.

Patryk Peda na partida juvenil polonesa contra a Alemanha (3:3) (Foto: Paweł Piotrowski / newspix.pl)

Ariel Mosór poderia ser uma opção nas camadas jovens, mas no jogo contra a Alemanha (3-3), quando a seleção sub-21 garantiu a promoção ao Campeonato da Europa, sofreu uma lesão perigosa. É difícil apontar defensores claramente destacados na Ekstraklasa. As equipas de topo costumam contar com estrangeiros nesta posição, com exceção de Skrzypczak em Jagiellonia ou Kamil Glik, de 36 anos, em Cracovia, mas é difícil imaginar o seu regresso à seleção nacional.

Marek Jóźwiak recomenda o adolescente à seleção nacional

– É uma pena que Bartek Salamon não jogue no Lech, mas eu ligaria para ele mesmo assim. Como o Moder não joga no clube e está na seleção, eu também levaria o Salamon para pelo menos dar uma olhada nele. Além disso, gostaria de encorajá-lo a mudar de time e começar a jogar, acrescenta.

Ele também tem um candidato para a equipe em um futuro um pouco mais longo. – Se o Legia investir em Ziółkowski, ele poderá ser convocado. Infelizmente, depois de prorrogar o contrato com o clube, o Legia o colocou no armário. Ele só precisa ficar mais forte fisicamente, diz ele. Após a assinatura do novo contrato, quando o Legia já não tinha medo de perdê-lo de graça, por uma estranha coincidência o defesa de 19 anos foi mandado para o banco.

Porém, o problema nesta formação seria encontrar dois laterais. Actualmente, além dos três defesas-centrais, há dois jogadores de transporte – no jogo contra a Croácia foram Jakub Kamiński e Nicola Zalewski. Ambos são melhores ofensivamente do que defensivamente. Num sistema com dois defesas centrais, os laterais têm que defender melhor. Especialmente com o lado esquerdo haveria um problema.

– Tem o Wdowik que pode jogar nesta posição, tem o Puchacz, e o Zalewski jogaria na frente deles. Alternativamente, você pode mover alguém com o pé direito para lá, sugere Jóźwiak.

Bartłomiej Wdowik (à direita) com as cores do Hannover 96 na 2ª partida da Bundesliga contra o Fortuna Dusseldorf (Foto: Defodi Images / newspix.pl)

Wdowik foi um jogador importante para o Jagiellonia na conquista do campeonato. Ele ficou famoso por suas excelentes cobranças de falta, na última temporada marcou 10 gols, incluindo seis cobranças de falta. No verão partiu para o Sporting Braga português, mas lá bateu numa barreira, quase não jogou e foi emprestado ao Hannover 96, que joga na 2. Bundesliga e joga regularmente por este clube.

Por sua vez, Puchacz, indicado por Probierz, joga desde esta temporada no Holstein Kiel, onde atua regularmente.

– No lado direito está Kuba Kamiński, Bartek Bereszyński, Matty Cash também é uma opção, ele joga nesta posição no Aston Villa – lembra Jóźwiak.

– Você tem que ser flexível na hora de mudar o sistema, não pode se limitar a uma configuração. Gostei que Michał Probierz tenha dito publicamente que havia um problema com a defesa, diz ele.

Problema com o treinamento do cronômetro

Jóźwiak também aponta erros sistémicos. Há 20-25 anos, geralmente tínhamos jogadores mais fracos do que hoje, mas melhores defesas centrais, como Jacek Bąk, Michał Żewłakow, Tomasz Hajto, Tomasz Wałdoch, Tomasz Kłos, Jacek Zieliński e o já mencionado Jóźwiak. Os defesas-centrais eram o ponto forte da equipa, mas tornaram-se o seu maior problema.

– O que Dawidowicz fez ao sofrer o gol é fruto do sistema de treinamento. No Oeste, o zagueiro tem recepção direcional e joga na linha, no nosso caso ele joga para o centro, porque é assim que ele aprende a jogar, explica. – Acho que vou abrir uma escola de defesa central – acrescenta, meio brincando, meio sério.

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Fonte:Análise de esportes Onet

Data de criação: 16 de outubro de 2024 17h51

Jornalista do Przegląd Sportowy Onet

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