O rebentamento de vários petardos marcou esta quarta-feira o início da manifestação dos bombeiros sapadores em frente ao parlamento, que pelas 12h25 reunia centenas de manifestantes.

Alguns dos bombeiros, fardados, começaram a subir a escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, sempre acompanhados por agentes da PSP.

O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores espera mais de mil manifestantes na concentração em São Bento que teve início, ao meio-dia, ao som de heavy metal e rock n”roll.

A esta hora, continuam a chegar manifestantes que enchiam a Rua de São Bento com latas de fumo cor de laranja e verde e foguetes.

Os bombeiros sapadores reivindicam “acertos salariais para compensar o aumento da inflação”, idêntico ao que foi dado em 2023 pelo anterior Governo aos polícias, de cerca de 100 euros, a par da regulamentação da carreira. Em comunicado, Ricardo Cunha, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), lembrou que existe um compromisso do anterior Governo para atribuir a compensação aos bombeiros “com retroactividade a Janeiro de 2023, mas que, “até à data, tal não aconteceu“.

O sindicato pede ainda “a regulamentação da carreira, onde sejam contemplados os suplementos de risco, penosidade e insalubridade, bem como a disponibilidade permanente, em percentagem e à parte do vencimento”, a par da fixação de um horário de trabalho a nível nacional, que garanta a operacionalidade e a segurança dos bombeiros e daqueles que por eles são socorridos“.

No país existem cerca de três mil sapadores bombeiros, espalhados por 25 municípios, pelo que, sublinha Ricardo Cunha, estas medidas não serão um peso para o Orçamento do Estado. “Estamos a falar numa possível despesa anual inferior a 10%, comparativamente com aquilo que o Governo atribuiu às forças de segurança”, sustentou.

Em 5 de setembro, Ricardo Cunha havia dito à Lusa que “a manifestação tem como objectivo mostrar que os bombeiros sapadores não estão contentes com o Governo, que faltou à palavra”.