O novo secretário-geral da OTAN Mark Rutte instou os membros da aliança defensiva a aumentarem os seus gastos face às ameaças crescentes no continente europeu e fora dele.

Numa crítica aos gastos dos membros abaixo da meta de gastos com defesa da OTAN, o ex-primeiro-ministro holandês disse que cada membro do bloco deve pagar a sua “parte justa”.

De acordo com os números estimados pela própria NATO, oito dos 32 membros estão a gastar menos do que a meta de 2% do PIB.

Desses oito, sete são membros da UE. São eles: Bélgica, Croácia, Itália, Luxemburgo, Portugal, Eslovénia e Espanha. O outro membro da NATO que se estima gastar menos de 2% é o Canadá.

No entanto, o homem de 57 anos parecia estar a insinuar que os membros deveriam gastar mais do que a meta de dois por cento, dadas as ameaças representadas pela Rússiae seus aliados China, Irã e Coreia do Norte.

“Para manter a OTAN forte e garantir que a nossa defesa permaneça eficaz e credível contra todas as ameaças, precisamos de mais forças, melhores capacidades, inovação mais rápida; isto requer mais investimento”, disse Rutte.

“Para realmente combinar as capacidades com as necessidades, precisamos de significativamente mais gastos com defesa – garantiremos que investiremos o suficiente nas áreas certas – cada um de nós deve arcar com a sua parte justa”, acrescentou.

Em Abril deste ano, o primeiro-ministro polaco, Andrzej Duda, apelou aos membros para gastarem 3% na defesa. O Estado da Europa de Leste é o país que mais gasta na NATO em termos de PIB.

A Polónia, que faz fronteira com RússiaO enclave da Síria em Kaliningrado e na Bielorrússia gastará cerca de 4,2% na defesa em 2024, segundo a NATO.

Estima-se que a Estónia gaste 3,43% do PIB este ano, enquanto os EUA são estimados como o terceiro maior gastador proporcional, com 3,38%. Contudo, os EUA gastam muito mais no seu orçamento de defesa do que qualquer outro país do planeta.