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Ruanda lança campanha de vacinação para deter a epidemia do vírus de Marburg

O Ruanda anunciou que começou a administrar doses da vacina contra o vírus de Marburg para tentar combater um surto de uma doença semelhante ao Ébola no país da África Oriental.

“As vacinações começam hoje imediatamente”, disse o Ministro da Saúde, Sabin Nsanzimana, numa conferência de imprensa na capital Kigali, no domingo.

Doze pessoas morreram desde que o surto do vírus Marburg foi declarado no Ruanda, em 27 de Setembro. As autoridades anunciaram então que os primeiros casos foram detectados entre pacientes de unidades de saúde. Ainda não há confirmação da origem da epidemia.

O ministro disse que a vacinação se concentrará “naqueles em maior risco, nos profissionais de saúde mais vulneráveis ​​que trabalham em centros de tratamento, em hospitais, em unidades de cuidados intensivos, em emergências, mas também em contactos próximos de casos confirmados”.

“Acreditamos que graças às vacinas temos uma ferramenta poderosa para travar a propagação deste vírus”, afirmou o ministro. O país já recebeu entregas de vacinas, incluindo: do Instituto de Vacinas Sabina.

O vírus Marburg tem estrutura “filamentar” e é transmitido por morcegos frugívoros (Shutterstock)

O governo informou que 46 casos foram confirmados, incluindo 29 casos isolados. As autoridades de saúde identificaram pelo menos 400 pessoas que estiveram em contato com casos confirmados do vírus.

Tal como o Ébola, acredita-se que o vírus Marburg se origina em morcegos frugívoros e se espalha de pessoa para pessoa através do contacto próximo com fluidos corporais de pessoas infectadas ou com superfícies como camas contaminadas.

Sem tratamento, o Marburg pode ser fatal em até 88% das pessoas que contraem a doença.

Os sintomas incluem febre, dores musculares, diarreia, vómitos e, em alguns casos, perda significativa de sangue, muitas vezes levando à morte. Não existe vacina aprovada ou cura para Marburg.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, surtos do vírus Marburg e casos isolados foram notificados no passado na Tanzânia, Guiné Equatorial, Angola, República Democrática do Congo (RDC), Quénia, África do Sul, Uganda e Gana.

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