A ministra da Saúde revelou hoje que a auditoria solicitada à Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre o INEM poderá estar concluída em novembro e será o ponto de partida para definir o futuro do instituto.
Ana Paula Martins, que está hoje de manhã a ser ouvida na comissão parlamentar de Saúde sobre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a pedido do PCP e do PS, reconheceu a “resposta deficiente” o INEM à população e a escassez de meios, mas disse que o plano para a “refundação” do instituo só será traçado depois desta auditoria.
Sublinhou que a auditoria pedida à IGAS em julho foi para apreciar a legalidade e regularidade da resposta do INEM, assim como a correção económica e financeira do instituto, e que só após estar concluída é que o Governo poderá definir “o que vai ser o INEM do século XXI”.
Disse ter tido a informação por parte do inspetor-geral de que a auditoria poderá estar concluída em novembro, sublinhando: “Depois, o relatório estratégico, ou livro branco (sobre o futuro do INEM), aparecerá a seu tempo”.
“Mas não será a ministra da Saúdes que o vai assinar e escrever em um mês ou dois”, disse a governante, acrescentando: “Não seria sério e honesto para algo que envolve tanta gente”.
A ministra acrescentou aguardar ainda a orientação técnica pedida à Força Aérea e ao INEM sobre a solução para o serviço de helitransporte de emergência medica, que poderá passar por um concurso público internacional, pelo recurso à Força Aérea ou por uma conjugação dos dois.
Disse ainda que o Governo gostava que a questão estivesse resolvida até ao final deste ano, mas lembrou as burocracias inerentes ao procedimento de concurso público internacional.
Ana Paula Martins foi ainda questionada sobre se pretendia privatizar a prestação de serviços do INEM, deixando ao instituto apenas o papel de regulador e coordenador, mas optou sempre por dizer que o plano para o futuro do INEM apenas será definido depois de concluídos todos os documentos que estão a ser elaborados pelos peritos.
“Isto é um desígnio nacional, não é uma matéria de um Governo especificamente, e nós gostamos de trabalhar com os peritos, as sociedades científicas e as ordens profissionais. É a única forma de conseguir mobilizar os líderes da comunidade”.
NR/HN/Lusa
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